quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O que fazer?




O que fazer com esse amor?
se ele apenas ama
se entrega
vivendo descobertas
O que fazer com esse homem?
que envolve
espanta
encanta
O que fazer com essa dor?
que aperta
atormenta
desperta
O que fazer pra não te amar?
se estás em mim
se não saio de você
diz o que fazer!
pra nunca te deixar ir
pra ser só de você
Como fazer?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Aprendendo em Goiás

Bão?
Cê tá boa?
Traduzindo: "bão" e "cê tá boa" são cumprimentos no jeito goiano de ser.
Uma forma abreviada e muitas vezes engraçada de falar.As pessoas de modo geral colocam as frases como se fossem uma pergunta,ainda  que se negue  ou se afirme algo.
Também tem certas palavras com sentido e significados bem diferente daquilo que me acostumei a ouvir: ninja e mala.Resolvi destacar estas por serem as mais ouvidas diariamente.
Ninja quer dizer ladrão; mala é alguém não confiável,pelo menos é assim que entendo dentro dos contextos apresentados para mim até então.
No geral tudo é falado com sotaque rural,as palavras são unidas,tornando uma frase em uma só palavra;como disse uma moça aliviada depois de esperar uns trinta minutos por um serviço de borracharia: "Aiii...graçadeus!".
Por falar em economizar letras,o H não é mudo nas palavras aqui faladas,ele simplesmente não existe.É preciso analisar o contexto para saber quando a palavra se refere a um verbo ou a um substantivo.Por exemplo: óio pode ser óleo corporal ou de cozinhar,ao mesmo tempo que pode ser olho de olhar alguém ou alguma coisa.
Mesmo assim não dou conta de falar exatamente como os goianienses.Sim,eles generalizam o jeito goiano,mas goiano não seria aqueles que vivem ou nascem na capital?
O fato é que estou *rodada nesta cidade até me acostumar com todas essas novidades.No entanto,estou me sentindo muito bem.Aprendo a cada dia e,tem jeito melhor que esse de aprender?
Falando nisso,o jeito de xingar muda.Mas a intenção continua igual.Quer uma forma mais direta de chamar alguém de bicha/viado? Aqui é só dizer "Pau no cú". 
As diferenças são essenciais na vida.São elas quem nos diz quem somos e o que devemos ou podemos aprender/fazer.


*rodada: estar com dificuldades,seja financeira,sem emprego,sem meios de realizar algo

domingo, 13 de dezembro de 2015

Incompatíveis




Somos quase incompatíveis
Ele preconceituoso
Eu aberta a tudo
gosto de conhecer 
tentar compreender o diferente
Ele faz tudo de moderno,
mas tem medo de ir pro inferno
Hipocrisia
Machismo
Prega o que não faz
Faz a vontade do coletivo
Faço o que digo
pouco me interessa os falsos juízos
Ainda assim o amo
ainda assim o quero
Ainda assim me desespero
Quando ele simplesmente diz:
-Preta, ainda te quero!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Privacidade?






Nos novos tempos viver conectado é o maior status de uma pessoa.
Nas redes sociais há promessas de privacidade total.Basta criar uma conta,logar e continuar conectado.
A sensação de poder acessar o mundo em simples um clique nos deixa fascinados,né mesmo?
Mas e os nossos dados? Quem tem acesso a eles?Somente nós usuários?
Bem,se os Estados Unidos invadiu o sistema do Governo Brasileiro,é lógico que outras pessoas podem fazer uso de nossas informações se assim o desejar.
Se é possível acessar dados pessoais e tudo que fazemos nas redes sociais,sites de pesquisas, de notícias e de compras,entre outros;também é possível manipular os nossos desejos e sentimentos.Ou seja,as mídias escravizam e manipulam a sociedade sutilmente.
Porém,se prestamos atenção um pouquinho mais,perceberemos que toda evolução histórica e tecnológica está nos levando para outros caminhos,outra forma de governo e outras formas de escravidão.Porque nunca houve um fim da escravidão,ela simplesmente mudou de nome e de cara para castigar todas as cores em níveis diferentes de submissão.
Me questiono,agora, sobre essa tal globalização: de quem ou de quê ela nos afasta ao mesmo tempo que nos aproxima de tantas possibilidades. O mundo não parece ser igual para todos mesmo na era da globalização.
Foi assim que me dei conta do quanto a tecnologia nos proporciona uma falsa sensação de poder.Eu quero,Eu posso,Eu faço.Sem analisar que tem alguém nos espionando e manipulando as nossas vontades. E não raro se aproveitando daquilo que ainda é tão nosso: a individualidade.
Claro que as tecnologias existentes também possuem inumeráveis benefícios nos vários setores da vida.O que questiono aqui é o motivo original delas existirem.
Há rumores de que num futuro próximo todos serão marcados como gado,por meio de um microchip que facilitará a vida dos cidadãos. Desse modo poderão  para andar sem documentos e sem dinheiro.Pois o objetivo é erradicar gradativamente a violência no mundo.E não somente ela será banida,mas as doenças,o desemprego e todas as mazelas do mundo atual.
Um sonho,né mesmo?
Mas até onde estaremos seguros? Até onde esta nova forma organizacional atenderá satisfatoriamente a todo e qualquer cidadão?Todas as pessoas aderirão à ideia de segurança monitorada?
O fato é que estaremos conectados,vigiados mais do que nunca.Este seria o preço da privacidade atual? Viver num Big Brother Mundo é o preço?
Alguns longas de sucessos de Hollywood tratam do assunto através das cortinas de ação,ficção,comédia e drama;assim diferentes públicos são atingidos em linguagens diferentes.
Vale lembrar que o cinema cria e exalta heróis.A Ciência cria remédios,vírus e doenças, a politica dissemina ideias;dentre elas, a de um governo forte para honrar seus cidadãos.
Mas até onde isso é verdade? Quem são de fato os beneficiados?